Projeto Eu Tenho Voz na Rede realiza 10 apresentações em Osasco
Nessa quinta-feira (26) foram realizadas dez apresentações do Projeto Eu Tenho Voz na Rede, em Osasco. As apresentações aconteceram na E.M.E.F. Prof. Manoel Barbosa de Souza, cinco no período da manhã e as outras no período da tarde, para garantir o distanciamento e evitar aglomeração dos alunos. No total, 400 crianças participaram do evento, além da idealizadora e coordenadora do projeto, juíza Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira, 2ª vice-presidente do Instituto Paulista de Magistrados (IPAM), da promotora de Justiça Tereza Kodama, e também da atriz Patrícia Torres.
Os estudantes que assistiram a essas apresentações faziam parte do Fundamental I, que vai do 1º ao 5º ano, sendo que para cada ano escolar foi exibida uma narrativa especifica do Projeto Eu Tenho Voz na Rede. Para o 1º e 2º ano (crianças de 6 e 7 anos) foi exibida “A Fada e a Sombra”, no 3º e 4º ano (crianças de 8 e 9 anos) foram exibidas as narrativas “A Menina Invisível” e “Turbulência” e para o 5º ano (crianças de 10 anos) foi exibida “História de Marias”.
Após as apresentações dos vídeos, a juíza Hertha Helena orientou as crianças a denunciarem qualquer tipo de abuso. “É preciso romper esse ciclo de violência. Sempre existe a história de guardar o segredo e a ameaça por parte do abusador. O abusador não para de praticar o abuso. Isso só termina quando é parado. Uma pessoa assim é doente, não consegue parar enquanto não for parado nesse instinto perverso que tem e estamos aqui para ouvir e ajudar”.
“Não se pode ficar em silêncio. Temos de enfrentar os nossos medos e é importante fazer a denúncia e, se souberem de algum caso ou de algum amigo, não deixem de denunciar”, reforçou a procuradora Teresa Kodama. Todas as crianças receberam também a cartilha do Projeto Eu Tenho Voz, com orientações sobre como fazer a denúncia.
“Ao final de cada apresentação também fizemos uma proposta pedagógica com os educadores, para que as crianças pudessem ter a oportunidade de se manifestar e de ter voz através das artes visuais ou de uma manifestação textual, para que elas pudessem ter a ferramenta pedagógica aliada neste instrumento da voz, da conversa e dos diálogos”, contou a atriz Patrícia Torres que foi responsável por toda a interação presencial.