Eu Tenho Voz na Rede faz 2ª apresentação em escola de Piracicaba

Nesta sexta-feira (13) aconteceu a segunda apresentação do Projeto Eu Tenho Voz na Rede na escola pública E. M. Enedina Lourenço Vieira, em Piracicaba, interior de São Paulo. Estavam presentes o diretor Fernando Oliveira da Cruz Junior, 50 alunos da 5ª série, a idealizadora e coordenadora do projeto e 2ª vice-presidente do Instituto Paulista de Magistrados (IPAM), juíza Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira, a procuradora aposentada do Estado de São Paulo, Teresa Cristina Della Monica Kodama, a assistente social do Centro de Referência às Vítimas de Violência (CNRVV-TJSP), Ana Cristina Moura e a juíza do TJSP, Tatiane Moreira Lima.

Com o objetivo de informar e sensibilizar as crianças sobre a violência e o abuso sexual, utilizando a apresentação de duas narrativas em vídeo, “A Menina Invisível” e “Turbulência”, produzidas especialmente com essa finalidade pela Cia NarrAr Histórias Teatralizadas, foram apresentadas nessa ordem: a primeira pela atriz Daniela Cavagis, contou a história sobre abuso sexual contra meninas e a segunda, pelo ator Fabrício Zava, retratou a história de abuso sexual contra um menino.

“Tanto a violência física quanto a sexual, ou qualquer violência com qualquer pessoa que seja, não para sozinha. A pessoa que pratica a violência, o agressor, não vai parar sozinho. Quando recebemos a denúncia no Judiciário, a violência está acontecendo há muito tempo. Isso se repete porque a criança não conta para ninguém o que está acontecendo, por muitos motivos. Porque o agressor ameaça, as vezes fala que vai fazer algum mal para a criança ou para alguém da família que ela gosta. Muitas vezes o agressor fala que se a criança contar para um adulto ninguém vai acreditar. E isso não é verdade. Nós acreditamos na palavra de todas as crianças e estamos fazendo esse trabalho para socorrê-las”, afirmou Hertha Helena de Oliveira.

Em seguida, a juíza Hertha Helena explicou que em todos os fóruns tem um juiz que cuida da infância e a da adolescência e “que se pode fazer uma denúncia para uma pessoa de confiança da família, um amigo ou o professor e também de forma anônima, sem precisar se identificar, mas tem de dar o endereço e o nome completo da pessoa que está sofrendo a violência”. Para fazer a denúncia, a juíza indicou os  Disque 100, 181 e 190, ou por meio do hotsite do Projeto Eu Tenho Voz, no email: eutenhovoz@ipam.com.br ou pelo telefone (11) 3105-9290.

A procuradora Teresa Kodama ressaltou que “a criança não deve ter medo, porque o medo paralisa. É preciso fazer a denúncia por whatsapp, email, desenho, ir no fórum, conversar com um juiz, uma promotora. A denúncia tem de ser feita com alguém de confiança, a madrinha, a professora, o diretor, um amigo”.

A assistente social do CNRVV, Ana Cristina Moura, explicou que “as pessoas normalmente falam do Conselho Tutelar, do juiz, do promotor, do assistente social e do psicólogo da Vara da Infância como alguém que vai prejudicar e tirar a criança de seus pais e de suas famílias, prender seus pais, e isso não é verdade. Todos os profissionais estão lá para ajudar crianças e adolescentes que estão com problemas. Nenhuma criança merece sofrer qualquer tipo de violência, seja física ou sexual”, finalizou.

No final, as participantes colocaram-se à disposição para conversar reservadamente, caso alguma criança quisesse fazer uma denúncia. O Projeto Eu Tenho Voz será apresentado em mais 8 escolas de Piracicaba.

Mais informações: Ana Purchio
Convergência Comunicação Estratégica
Tel. (55 11) 99978-9787
ana.purchio@convergenciacom.net

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